domingo, 31 de maio de 2009

Falsa voluntária usa associação de protecção de animais para burlar

A ANVETEM alerta para a ocorrência, cada vez mais frequente, de casos como o descrito nesta notícia, sendo que a maioria não chega sequer a ser conhecida nem investigada pelas autoridades.

Temos tido conhecimento, cada vez com maior frequência infelizmente, da utilização de uma "fachada amiga dos animais", para a prossecução de outros objectivos que não os dos seus direitos e bem-estar, mas sim objectivos relacionados com interesses políticos, económicos, de
protagonismo pessoal e/ou outros.

O presente caso é apenas a ponta do "iceberg" e, desde sabermos que há médicos veterinários a esterilizar "probono", sendo subsequentemente essas cirurgias cobradas a quem adopta os animais através de intermediários que se identificam como pertencendo a associações de protecção animal, até ao comércio e alojamento ilícito de animais, bem como ainda actos clínicos
médico-veterinários não executados por médicos veterinários, temos sabido um pouco de tudo e reencaminhado cada caso para as entidades competentes nas diferentes matérias.

Cuidado e cautela, quando for abordado (a) sobre estes temas.
Os Animais agradecem.
E nós, também.

http://www.regiaodeleiria.pt/?lop=conteudo&op=9cfdf10e8fc047a44b08ed031e1f0ed1&id=9f4aeac9c3c412c9ab75f65f7716a6a0

Falsa voluntária usa associação de protecção de animais para burlar

Uma mulher terá burlado e enganado várias pessoas do concelho de Leiria fazendo-se passar por voluntária da associação Desprotegidos, de animais em risco de Pousos. A direcção pondera agora apresentar uma queixa-crime contra a suspeita.
“Nunca pensamos que chegasse a tirar animais aos donos para extorquir dinheiro”, frisa a direcção, explicando que o primeiro contacto surgiu através da associação de protecção de animais da Marinha Grande à qual a mulher se dirigiu oferecendo-se para colaborar.
Denúncias de burla contra a mesma mulher foram entretanto apresentadas na Polícia Judiciária, PSP e GNR. Uma das vítimas, comerciante no centro da cidade, ficou sem 2.400 euros depois de confiar inúmeros artigos de bijutaria à visada que alegou participar em feiras em representação
daquela associação. Ao REGIÃO DE LEIRIA, a lojista conta que a mulher, com cerca de 30 anos, “foi sempre muito convincente”, tendo inicialmente pago os artigos que levou, exigindo guias de transporte e mantido sempre contacto com ela. A última transferência, porém, nunca chegou a ser efectuada. Mais, conseguiu convencer a vítima de que tinha feito por engano um pagamento superior ao acordado e a ser “ressarcida” da diferença: cerca de 350 euros.
A história não acaba aqui. Na Guimarota, os donos de um cão chamado Bobby estiveram 11 dias sem saber do paradeiro do canídeo que fora levado por uma mulher que alegou trabalhar para a Desprotegidos.
A descrição da mulher coincide com os restantes testemunhos. A dona do Bobby refere que o cão tinha partido a pata mas que uma operação rondaria os 500 euros. A alegada voluntária da Desprotegidos, que conheceu através de uma amiga, disse-lhe contudo que conseguiria uma operação por 150 euros. Acabou por receber 200, 50 dos quais para ajudar a associação. A
mulher levou o cão mas nunca o devolveu, tendo apresentado várias desculpas para adiar o confronto uma vez que o Bobby nunca chegou a ser operado, apesar de ter sido levado para uma clínica veterinária onde permaneceu alguns dias antes de ser levado para um hotel de cães. Ali, foi encontrado com a ajuda da Desprotegidos.

Queixas de burla chegam a Portimão

A cada contacto efectuado para encontrar o fio à meada deste caso, o REGIÃO DE LEIRIA deparou-se com novas situações envolvendo a mesma mulher.
O proprietário da clínica veterinária onde foi deixado o Bobby diz-se enganado pela visada que alegou ser proprietária do cão e o deixou a braços com outro canídeo que castrou a seu pedido. A mulher deixou ainda outros animais num hotel de cães, cobrou dinheiro para vacinar um cão que
nunca vacinou, pediu dinheiro emprestado para criar uma associação e não o devolveu e encomendou rações para animais que nunca pagou, tendo ainda lesado outros comerciantes. A pista estende-se a Portimão. Segundo uma das lesadas, uma associação de defesa de animais daquela zona foi burlada em 400 euros pela mulher que não esconde a sua identidade e apresenta versões e argumentos diversos para convencer as pessoas.

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