Esta semana recebemos duas notícias sobre animais vadios assilvestrados que evidenciam a completa ausência de soluções para a resolução da existência destes animais.
Se não forem tomadas medidas preventivas ao longo do tempo para evitar estas situações, as medidas a tomar em emergência são drásticas e primitivas.
Mais admirados é de ficar quando o país mais desenvolvido em termos de protecção animal (EUA) está envolvido.Chegará o controlo reprodutivo/ adopção de vadios para resolver esta questão? Poderá uma Autarquia permitir a existência de animais nas ruas e correr o risco de uma situação desta natureza ocorrer em Portugal?
É a discussão que aqui lançamos... Deixe o seu comentário sincero e contribua com novas ideias.
Notícia Diário IOL (Texas - EUA)
A pequena cidade de Ferris, no Texas, conquistou a atenção do mundo depois de fazer passar uma lei que autoriza os seus cidadãos a abater cães vadios agressivos.
A notícia é avançada pelo site da estação de televisão «SkyNews».
Os grupos de defesa dos direitos dos animais estão furiosos com a decisão,mas as autoridades alegam que é preciso controlar o cada vez maior número de cães «perigosos» que vagueiam pelas ruas da cidade.
Desde a semana passada que os habitantes de Ferris podem abater entre 50 a 100 cães perigosos, que andam pelos arredores da cidade.
David Chavez, responsável pela segurança na cidade, garante que a zona se tornou «caixote do lixo» de donos que já não querem os seus cães. Os animais acasalaram, tiveram crias e agora, em matilhas, procuram comida desesperadamente.
O responsável da polícia local, Frank Mooney, garante que já tentaram vários métodos para controlar os animais, mas que nenhum resultou e só assim poderão garantir a segurança dos dois mil e trezentos habitantes dacidade.
Quem discorda da decisão são os grupos de defesa dos animais. Preferiam que os donos fossem castigados depois de abandonar os animais ou que estes fossem capturados e enviados para canis.
Notícia Semanário SOL (Sicília - Itália)
Uma matilha de cães esfomeados e negligenciados pelo antigo dono encontra-se á solta pelo sul da Sicília, onde esta semana mataram um rapaz de dez anos e feriram gravemente uma turista alemã.
Há meio milhão de cães vadios em Itália.
O primeiro ataque atribuído a um grupo de várias dezenas de cães aconteceu no domingo. Um menino de dez anos foi derrubado da bicicleta pelos animais, que o mataram de seguida.
Esta terça-feira, foi a vez de uma turista alemã de 24 anos ser atacada pela mesma matilha numa praia de Ragusa. A vítima ficou gravemente desfigurada, perdendo um olho, e ainda corre risco de vida.
Na mesma tarde, uma patrulha da polícia conseguiu salvar-se de um novo ataque recorrendo às suas armas. Dois cães foram abatidos a tiro.
As autoridades italianas acreditam que a matilha, composta por cerca de 50 animais, fugiu da quinta de um homem que supostamente recolhia cães abandonados. O indivíduo foi entretanto detido e é acusado de não ter alimentado os animais durante longos períodos de tempo, motivo que poderá estar por trás da extrema agressividade dos canídeos.O caso está a assustar os sicilianos e a lançar o debate sobre o que fazer ao meio milhão de cães vadios que vagueiam pelas cidades e campos italianos. Segundo a BBC, não existe em Itália uma rede eficaz de canis públicos, nem o hábito de abater os animais.
No funeral da criança de dez anos morta pelos cães, onde participaram sete mil pessoas, o padre acusou a sociedade italiana de «idolatrar os animais», apelando para uma maior preocupação para com a vida humana.
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Como é possivel capturar estes animais?
ResponderEliminarOs tranquilizantes mesmo aplicados com pistola demoram muito tempo a actuar e os animais fogem!!!Gasta-se produto, seringa, agulha, tempo e paciência!!
Nem com comida para os cativar porque muitas vezes já estão de barriga cheia!
A mim parece-me que o maior "drama" nem está em como capturá-los: para tal, basta trocar impressões com alguns Colegas MVMs e/ou com a ANVETEM, há procedimentos e métodos bem definidos e eficazes, que respeitam o bem-estar dos animais, acima de tudo.
ResponderEliminarO "drama" está mais, acho eu, em sermos recebidos pelas populações com injúrias e insultos, já para não falar de agressões físicas, quando estamos simplesmente a cumprir as nossas funções, em prol da saúde pública e da segurança dos cidadãos, bem como especialmente da saúde animal e do bem-estar animal: vejam o video de Valongo num post anterior para perceber como a vida "errante" é tão precária.
"Drama", também, a falta de investimento nítido de inúmeros Municipios nesta área, sem "staff" adequado e preparado, muitas vezes sem sequer terem um médicos veterinário nos seus quadros de colaboradores, sem estruturas, sem material, sem fármacos para prestar a primeira assistência médico-veterinária nos canis (muitos só têm eutasil...), sem incentivar nem divulgar ou promover a adopção dos animais, a sua esterilização nem a educação e informação das populações.
"Encalacrados" entre uma Sociedade passiva e impune a maus-tratos e abandono (não há penas ou são irrisórias a quem comete crimes contra animais que até por lei não são considerados sequer crimes) e uma ausência de meios arrepiante e confrangedora por parte das Autarquias, os Médicos Veterinários Municipais ocupam verdadeiramente uma posição dificil e ingrata,mas contudo não resignada nem conformada, estando actualmente e a cada dia, a lutar por uma realidade melhor e mais justa, nestas matérias.
Para aqueles que gostam de animais, deixo um apelo: consultem os programas de candidatura dos Autarcas dos vossos Concelhos e vejam o que têm em prol dos Animais, da sua defesa mas também da saúde pública e da segurança dos cidadãos.
Façam o mesmo quanto às europeias (já em junho) e legislativas.
E depois, pensem bem em quem devem votar.