sábado, 29 de agosto de 2009

Autarcas de sintra apoiam tourada contra regulamento

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1345403

A junta de freguesia de São Martinho, em Sintra, apoiou ontem à noite a primeira grande corrida de toiros de Nafarros, apesar do regulamento municipal de animais impedir ajudas a este tipo de eventos.
"A junta só cedeu o terreno e apoia qualquer iniciativa, não apenas a tourada, porque o regulamento abrange apenas a Câmara", explica o presidente, Adriano Filipe. A tourada foi contestada ao longo do mês através da Internet, mas acabou por ser autorizada pela Câmara de Sintra, porque o regulamento aprovado em Abril não proíbe estes espectáculos. O DN
sabe que o Gabinete Médico Veterinário Municipal informou a Divisão de Licenciamento de Actividades Económicas (DLAE) que não poderia apoiar o espectáculo porque "contém actos que infligem sofrimento físico e psíquico, bem como lesionam os animais".
No entanto, ao longo do dia, várias fontes afirmam que a autorização não foi pacífica, com vereadores a defender uma e outra posição. Há também a suspeita de que máquinas do município possam ter estado envolvidas na preparação de outro terreno próximo, entretanto preterido depois do início da polémica.
O principal impulsionador do evento, o presidente do União Desportiva e Cultural de Nafarros (UDCN), diz-se novamente surpreendido. "Estamos numa terra pequena e precisamos de dinheiro para as nossas actividades, por isso organizámos uma coisa diferente sem pensar em mais uma polémica", conta.
Ontem, a meio da tarde, decorriam ainda os preparativos, com os bombeiros de Colares a regar o recinto com uma capacidade para quase duas mil pessoas. "Já vendemos 1400 bilhetes, a 25 euros cada, mas é um evento caro e é sempre um risco. Vamos esperar que corra bem e não haja confusão", desabafa Orlandino Martins.
O organizador assegura que apenas teve apoio da Junta, mas admite ter encontrado outras simpatias. "Sei que a Câmara não pode apoiar, porque há um regulamento que não deixa, mas houve autarcas que nos incentivaram a manter o espectáculo. No final, só a Junta cedeu o terreno e o resto das despesas com terras e máquinas suportámos nós", conta.

2 comentários:

  1. Tem graça, apesar do gabinete médico-veterinário dar o seu parecer no sentido de que o "espectáculo"
    "contém actos que infligem sofrimento físico e psíquico, bem como lesionam os animais", tudo parece manter-se e ser apoiado por autarcas locais...

    Já agora, será que as décadas de eventuais (não acredito que não os haja...) pareceres técnicos veterinários na maioria dos Municípios sobre a necessidade de dotar e manter nos Concelhos estruturas de canis/gatis municipais, actualizadas e cumpridoras das normas de bem-estar animal, etc, também serão igualmente ignoradas por muitos Autarcas?

    Acho que a ANVETEM também devia publicar esses casos no "blog", para realmente sabermos a quem devemos pedir responsabilidades quando sabemos que há animais em canis/gatis esconsos, malcheirosos, obscuros, sem garantias de higiene ou segurança (quer para os animais quer para os funcionários), sem funcionários com formação adequada e animais a ser mortos semanalmente, ao fim de 8 dias de estadia.

    Acho que a população merece saber quem, de facto, tem essa responsabilidade e parece dormir tranquilo com ela já que não se vislumbram na maioria dos casos quaisquer melhorias significativas.

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  2. "Estamos numa terra pequena e precisamos de dinheiro para as nossas actividades, por isso organizámos uma coisa diferente sem pensar em mais uma polémica" ...;mas touradas!!!!!!!!!
    Em vez de touradas porque não organizam lutas (vale tudo) entre os poliiticos... por certo venderiam mais bilhetes e mais caros, por certo esgotaria!!!!!

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