quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cães fintam a morte em canil sobrelotado (?!?)

Como fica patente nesta notícia que hoje divulgamos, os ataques e críticas constantes a canis/gatis municipais e médicos veterinários municipais não podem ser mais (na sua generalidade) do que ataques velados e justificados por outras razões, habitualmente políticas, por interesses económicos (muitas vezes relacionados com subsídios dados pelos Municípios, terrenos, etc), de protagonismos pessoais, e/ou outros que escondem diversos objectivos que não os verdadeiros interesses dos animais.
Este canil em Santiago do Cacém, onde "os cães fintam a morte" e "aguardam um destino que escape à temida eutanásia no canil da Associação S. Francisco de Assis", é de facto um canil de uma Associação e, como poderão ler, debate-se exactamente com os mesmos dramas que muitos dos canis municipais aos quais habitualmente são apontados vários dedos críticos e inquisitórios.
A ANVETEM orgulha-se de jamais ter lançado boatos, calúnias, difamações ou injúrias sobre canis de Associações e suas práticas, tendo tido sempre a seriedade de optar por um posicionamento que ajude os animais que estão alojados nessas estruturas e que são cuidados por essas Associações.
Não obstante, os ataques constantes de que alguns dos nossos Colegas e Municípios têm sido ultimamente vítimas (exs: Olhão, Portimão, Ovar, Guarda, Entre Douro e Vouga etc), levam-nos a crer que há de facto interesses mais fortes que se sobrepõem à defesa do bem-estar e saúde dos animais e isso, não permitiremos nem por um segundo, reportando às autoridades competentes as respectivas situações (respectivos Municípios e Ordem dos Médicos Veterinários), para imediata reacção.
Os canis de Associações e os canis Municipais debatem-se com uma imensa variedade de problemas, semelhantes e graves.
Resolvê-los não passa por atacarmo-nos mutuamente mas sim por juntar esforços contra inimigos comuns como o abandono massivo a que assistimos, a falta de educação e informação da Sociedade sobre estes temas, a falta de investimento dos organismos públicos nos mesmos, o conformismo de quem, diariamente, assiste com passividade a crimes que continuamente são
praticados contra animais - além do abandono, os maus-tratos, a violência, etc.
Agradecemos, assim, a todas as Associações e Grupos de Voluntários (e já são muitos) que, tendo tido a inteligência de compreender esta verdade incontornável, nos têm auxiliado a mudar realidades, mentalidades, procedimentos, nos têm enviado as suas sugestões, cursos de formação, seminários, palestras e propostas neste sector, e, acima de tudo, nos têm ajudado a salvar Vidas.

Obrigada a Todos e a Todas,
ANVETEM


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Cães fintam a morte em canil sobrelotado
RITA ELIAS*
Votados ao abandono, 30 cães aguardam um destino que escape à temida eutanásia no canil da Associação S. Francisco de Assis, em Santiago do Cacém, onde a sobrelotação e a degradação lhes dita o pior futuro.
Chegam todos os dias, "esquecidos" junto ao portão da Associação, no Pinhal do Concelho. Trocados por umas férias de Verão ou perdidos no caminho, cães de diversas idades e raças, sobretudo indefinidas, são aqui deixados numa viagem sem volta.
"As pessoas abandonam de tudo: cachorrinhos, cadelas prenhes, cães adultos...", conta Ilda Henriques, que, juntamente com um colega, ambos funcionários da autarquia, trata diariamente dos cerca de 30 cães protegidos pela Associação S. Francisco de Assis.
A colectividade, que soma mais de mil sócios, é vizinha do canil municipal de Santiago do Cacém, de onde transitam a maioria dos animais que aqui vêm parar. Nas instalações do lado, teriam de ser abatidos caso não fossem adoptados no prazo de 15 dias.
"Os que vêm para aqui têm de ser seleccionados. Regra geral, a eutanásia só é aplicada em animais com um carácter violento, doentes ou muito velhotes", garante Ilda.
A sobrelotação e degradação crescente das instalações são dificuldades com que a Associação se debate diariamente e que Ilda deseja ver combatidas a todo o custo. Para isso, a colectividade aceita toda a ajuda possível.
O auxílio é urgente, invoca a Associação através da Internet, "sob pena de terem de ser abatidos animais quando deixar de haver comida, vacinas, desparasitante ou outros medicamentos".

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