O único canil-gatil municipal do distrito de Viseu abre, durante o mês de Setembro, em S. Pedro do Sul. O projecto pretende acabar com os animais abandonados a deambularem pelas ruas. E promover a sua adopção.
Logo após a entrada em funcionamento da infra-estrutura, a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (CMSPS) pretende lançar uma campanha de sensibilização junto das populações.
"Não queremos transformar o canil-gatil municipal num armazém de animais. Nem pouco mais ou menos. A nossa intenção é pôr a funcionar um espaço onde possam ser acolhidos, tratados e dados à adopção. Para que isso aconteça, vamos lançar uma campanha de sensibilização junto dos sampedrenses", explica o autarca António Carlos Figueiredo.
Construído em duas fases junto à Zona Industrial do Alto do Barro, na freguesia de Bordonhos, perto da cidade, o canil-gatil em fase de conclusão ocupa uma área de 102 metros quadrados. Terá capacidade para receber em simultâneo duas dezenas de animais.
"Estamos a fazer uma estrutura pequena, porque a nossa vontade é que não fiquem por lá durante muito tempo", justifica António Carlos Figueiredo.
O mesmo equipamento será dotado, entre outras valências, de salas de tratamento abertas ao exterior.
"Os canis que existem no nosso distrito são todos privados. As pessoas têm de desembolsar dinheiro para fazer um tratamento ao seu animal doméstico, dar uma vacina ou proceder à respectiva desparasitação. A parte financeira é muitas vezes desmotivadora de uma ida ao veterinário. Daí a decisão de abrir as portas ao exterior", acrescenta o edil. Que afirma estar, desta forma, a concorrer para a prestação de um serviço público com reflexos directos na saúde pública.
O investimento na construção do canil/gatil e respectivos equipamentos ronda os 120 mil euros. "Estamos a falar de dinheiro municipal. Não há ajudas de ninguém", diz.
O retorno do investimento feito virá, segundo o autarca, de forma indirecta.
"Num concelho com a maior estância termal da península, onde se promove a saúde pública, não faz sentido permitir que haja animais abandonados. Quantos deles doentes e a precisarem de tratamentos", acrescenta.
Um "imperativo" de consciência" perante animais que muitas vezes são lançados nas ruas pelos seus donos, é outra das razões que levou o município a avançar para a primeira estrutura do género no distrito.
"Mas há também que ter em conta o transtorno que estes animais dão à população quando abandonados. Por isso vamos lançar uma campanha a sensibilizar para uma nova atitude", conclui.
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