quinta-feira, 5 de novembro de 2009

GNR investiga morte de seis gamos numa quinta em Torres Novas

As autoridades estão a investigar a causa de morte de seis gamos – animal que se assemelha a um veado mas mais corpulento e de cauda comprida – que foram encontrados mortos numa
quinta em Lapas, na zona da Lameira, a poucos quilómetros de Torres Novas. Só as análises toxicológicas aos órgãos dos animais podem dizer qual a causa da morte mas para o proprietário dos gamos, o médico João Amora, tratou-se de um acto de maldade. “Os animais morreram todos na mesma noite pelo que não tenho dúvidas que foram envenenados”, disse a O MIRANTE.
“A quinta encontra-se inacessível mas através da rede da vedação poderiam atirar peças de fruta envenenada aos animais”, sustenta João Amora dizendo que no local não foram encontrados quaisquer projécteis de bala. As autoridades tiveram conhecimento do caso através de uma chamada anónima e trataram de o informar do sucedido. Depois do alarme, uma patrulha da PSP deslocou-se ao local mas, por esta não ter uma equipa especializada para este tipo de ocorrência, foi pedida a colaboração dos elementos do serviço de protecção da natureza (SEPNA) da GNR. A veterinária municipal também foi informada acerca do sucedido.
Na aldeia, todos os habitantes com quem falámos acreditam que os animais morreram à fome mas João Amora garante que estavam todos bem de saúde na altura em que teve lugar a última das inspecções periódicas, a 18 de Setembro. Apesar de se encontrarem em cativeiro os animais mantinham o seu instinto selvagem. Por vezes eram tratados por uma pessoa amiga do dono, que mora perto do local.
O proprietário criou a comunidade de gamos (neste momento composta por cinco machos e uma fêmea) há vinte anos com o objectivo de criar uma espécie de reserva natural. Disse que tudo
estava legalizado, sendo o detentor da Licença n.º 1463 de Criadores de Fauna Cinegética.
Chegou a ter na quinta 30 gamos, que entretanto foram desaparecendo. O proprietário diz que foram soltos numa zona de caça turística, porque naquele espaço não podia ter tantos animais e
optou por ficar apenas com os grandes reprodutores.
“Neste momento acabou-se a minha ideia. Já não vou comprar mais animais”, disse ao nosso jornal com poucas esperanças que os culpados, caso realmente existam, venham a ser identificados. Os animais foram enterrados no dia seguinte a terem sido encontrados, tendo esta operação sido acompanhada pela GNR.

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